Escrito por Matheus Nogueira
Você está começando a investir agora e está querendo saber quais são os melhores investimentos para iniciantes? É exatamente isso que eu vou te mostrar neste post.
Nosso ponto de partida é bem simples: saber usar cada investimento para sua principal função. Se em outras situações da vida a afobação é prejudicial, aqui não seria diferente. É pouco efetivo querer prontamente investir em ações ou FIIs sem antes compreender sua finalidade, ou seja, para que ele é mais eficiente.
Cada investimento possui uma função específica, funcionando melhor dentro de uma carteira. A carteira, por sua vez, é o conjunto que vai te levar rumo à estabilidade financeira junto com o seu trabalho.
Antes de pensar em FIIs ou ações, isso precisa estar claro para você: a função de um ativo de renda variável – que é o que muitas vezes você está procurando quando quer aprender como investir – é gerar patrimônio ao longo do tempo, focando no longo prazo. É nisso que a renda variável funciona extremamente bem e é para isso que ela serve.
Investir em ativos ligados à economia real, como ativos e imóveis, já se provou ao longo do tempo que é a melhor forma de multiplicar patrimônio no longo prazo. Porém, você não pode começar já pensando em longo prazo e esquecer do resto. É preciso dar um passo para trás e aí entra nosso primeiro investimento: o Tesouro Selic.
É bem provável que você já tenha ouvido falar do Tesouro Selic, mas por que ele é um investimento para iniciantes tão importante?
Por se tratar de um título do Governo, é um dos investimentos mais seguros do país. Parte considerável da nossa carteira precisa ter segurança. Enquanto a ação pode oscilar em curto prazo – por isso mesmo é investimento de longo prazo –, o Tesouro Selic é imune a ruídos de instabilidade política, por exemplo.
Outro fator importante do Tesouro Selic é a liquidez, ou seja, a facilidade com que um ativo pode ser convertido em dinheiro novamente. Você pode estar pensando que ações e FIIs também podem ser vendidos facilmente. E isso é verdade. Porém, a ação pode estar em um momento de baixa na Bolsa e vendê-la agora pode te fazer, na prática, perder dinheiro. Por isso aqui liquidez e segurança caminham lado a lado.
Segurança e liquidez tornam o Tesouro Selic indispensável para uma boa carteira. (Imagem: Tesouro Nacional)
Com segurança e liquidez, o Tesouro Selic é ideal para montarmos nossa reserva de emergência.
Quer saber mais sobre reserva de emergência? Eu conto para você aqui: Reserva de Emergência: o que é, onde investir e como calculá-la
Calma, ainda não chegou a hora das ações. Entre os melhores investimentos para iniciantes, chegou a hora de falar de um segundo tesouro: Tesouro IPCA+. E qual é a sua diferença para o Selic? Na verdade são duas diferenças: menor liquidez e maior rentabilidade.
Apesar da menor liquidez, o Tesouro IPCA+ tende a apresentar maior rentabilidade
O Tesouro Selic é altamente indicado por ter uma liquidez diária. Não é prejudicial investir hoje e tirar no próximo mês. Ao contrário, o Tesouro IPCA+ é um investimento de médio prazo. Há, por exemplo, o IPCA+ 2026. Só vou investir nele hoje, em 2021, planejando retirar em 2026.
O IPCA+ tende a ter uma rentabilidade maior do que o Selic por render a inflação mais uma porcentagem. Ou seja, rende o IPCA (um índice atrelado a inflação) somado a uma porcentagem fixada. Por exemplo, o IPCA+ 2%, ao ano, renderá a inflação mais 2%. Se a inflação no ano for 10%, seu dinheiro nesse título irá render 12%.
Por que não ações? Porque é um investimento que você pretende retirar em médio prazo. Mais uma vez, no caso de uma ação, existe a possibilidade de ocorrer uma variação negativa quando quiser retirar o dinheiro investido. Você pode perder dinheiro.
Outra função importantíssima do IPCA+ é ser a parte de renda fixa da sua carteira para longo prazo. Você pode estar se perguntando se para longo prazo o investimento não seria em ações. Longo prazo é focado em ações, FIIs e investimentos no exterior para multiplicar seu patrimônio. É necessário, porém, dedicar parte da carteira para reduzir sua volatilidade.
Se você tem 100% da sua carteira em ações e FIIs (renda variável), quando ocorrer uma queda abrupta, seu patrimônio vai desabar. Mas, se sua carteira é dividida entre renda variável e renda fixa, a queda será mais amena e o seu emocional será menos abalado e as chances de você querer suas ações na primeira queda forte serão menores. Para isso, temos os títulos com vencimentos mais longos, de 15, 20 anos.
Na minha opinião, são a melhor opção para você começar com renda variável. Lembra da volatilidade? Eu indico começar com os FIIs justamente por tenderem a apresentar menor volatilidade que as ações ao longo do tempo.
Com pouca volatilidade, FIIs são ótimas opções de investimentos para iniciantes
Outro fator é que o risco tende a ser menor que as ações. Isso graças a legislação que prevê que 95% dos rendimentos devem ser distribuídos entre os cotistas. Se você é cotista, sua renda passiva é garantida. Ações são suscetíveis à má alocação de capital. O lucro de uma empresa pode ser alocado em investimentos duvidosos e contrair dívidas, afetando o pagamento de proventos.
Por fim, FIIs te garantem maior previsibilidade. Aluguéis de um FII com dez imóveis são mais previsíveis do que o rendimento de uma empresa.
Que tal se aprofundar mais nesse ativo? Fundos imobiliários: o que são e como investir neles?
Agora sim você tem o caminho das pedras para os três primeiros investimentos para iniciantes.
Com o Tesouro Selic, você garante segurança e liquidez. E, claro, sua reserva de emergência deve ser feita nele. O Tesouro IPCA+, seu melhor amigo no médio prazo, te garantirá renda fixa no longo prazo e reduzirá a volatilidade de sua carteira.
E não se esqueça: o melhor caminho para começar com renda variável é pelos FIIs.
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