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CDB: o que é e por que eu não recomendo investir nele?

Thumb com um rapaz e uma engrenagem de um post sobre CDB

Saiba o que é o CDB, por que não investir nele e conheça três investimentos melhores que esse para compor sua carteira.

Fala, meu caro! Você costuma investir em CDBs? Hoje eu vou te dizer o que, de fato, é um CDB e por que eu não recomendo que você invista nele.

Mas não é só isso, eu vou te indicar 3 investimentos melhores do que ele pra você começar hoje a montar uma carteira com os 3 critérios básicos que ela deve ter para que você invista com autonomia e segurança. Vamos lá?

O que é CDB?

Em primeiro lugar, CDB é a sigla para Certificados de Depósito Bancário. Eles são os mais conhecidos dos investimentos de renda fixa e você pode encontrá-los na maioria dos bancos.

Investir em renda fixa é como emprestar dinheiro para alguém a fim de ganhar juros em troca. No Tesouro Direto, por exemplo, você o faz para o Governo. Em outros investimentos, você empresta para empresas.

No caso do CDB, o investidor empresta para o banco — que vai usar esse dinheiro para manter as suas atividades de crédito.

Ou seja, o banco faz isso com o objetivo de captar dinheiro para financiar os seus serviços, como os empréstimos, por exemplo. Para isso, ele oferece ao investidor uma remuneração em troca — os juros.

Mas, ainda que seja um investimento comum, presente na maioria dos bancos, na Metodologia de Verdade, eu não recomendo o CDB. E vou te explicar o porquê.

Qual é o problema desse investimento? 

Antes de tudo, vale recordar que qualquer investimento possui três características principais, que são

  • liquidez;
  • rentabilidade; e
  • segurança.

Ou seja, a capacidade que você tem de movimentar e retirar o seu dinheiro, a qualquer momento — a liquidez; quanto o investimento tende a render com o passar do tempo — a rentabilidade; e a segurança, que está ligada a dois fatores: 1) o risco de o dinheiro reduzir de valor ao longo do tempo e 2) a previsibilidade.

Então, um investimento que seja extremamente seguro é aquele que te dá previsibilidade. Isto é, te dá ao menos uma noção de qual será o seu resultado após determinado período de tempo.

No entanto, precisamos lembrar que nenhum investimento é excelente nos 3 requisitos acima. Logo, não existe o melhor investimento no geral, mas sim o melhor investimento para cada objetivo

Para ter uma carteira equilibrada, você precisa desses 3 componentes. Então, a solução é procurar bons ativos que atendam a esses critérios. Afinal, uma carteira de investimentos é um conjunto de diversos ativos, os quais oferecem liquidez, segurança e rentabilidade.

Nesse sentido, o problema dos CDBs é que eles possuem um alto risco. Você está emprestando para uma instituição financeira que pode ter problemas de caixa, ou até falir a qualquer momento e não ter como te pagar, ou ao menos devolver o seu dinheiro — uma vez que ele é usado para financiar os serviços de crédito da instituição.

E, por isso, eles não vão te oferecer o que você precisa, de acordo com a sua necessidade — você vai entender isso melhor quando eu apresentar os 3 investimentos melhores que o CDB.

3 investimentos melhores que o CDB

Depois disso, eu sei que você deve estar pensando que o os bancos oferecem opções como

  • CDB de liquidez diária;
  • CDB de 4 anos ou mais; e
  • CDB de 7 anos ou mais.

Mas não entre nessa. O que eu vou te mostrar agora é que você pode encontrar investimentos com a mesma liquidez, rentabilidade e segurança que o CDB. E, claro, com aspectos mais vantajosos para você, no fim das contas.

Lembra que eu falei sobre existir o melhor investimento para cada objetivo? É o que eu vou te apresentar a seguir.

Curto prazo

Uma das primeiras coisas que o investidor deve fazer ao começar a investir é montar a sua reserva de emergência. Para isso, ele precisa de um investimento a curto prazo — o que exige liquidez e segurança.

Isso é lógico, se o dinheiro é para emergência, muito provavelmente você vai necessitar dele quando menos esperar. E, por isso, precisa da garantia de que ele estará lá para ser retirado.

Nesse sentido, uma CDB de Liquidez Diária, ainda que possa oferecer uma boa rentabilidade — 100% do CDI (a taxa básica de juros) ou até mais, por exemplo — não é a melhor opção. Isso porque não é seguro, como já falei acima. E, no caso dos investimentos a curto prazo, a segurança é o mais importante dos 3 critérios.

Quando os bancos prometem um valor maior que a taxa do CDI — 130% do CDI, por exemplo —, o risco é ainda maior. E vale comentar que o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) não vai te proteger. Ainda que se diga que ele é feito para proteger o cliente, no fim, ele vai servir para proteger a instituição, o banco.

No próprio regulamento da FGC, você pode ler que ele tem dinheiro para sustentar menos de 2% do que ele afirma que protege. Sendo assim, não vale a pena correr esse risco, não acha?

Por isso, o que eu indico é que você troque esse investimento pelo Tesouro Selic 2025. Ele também possui alta liquidez, e rentabilidade praticamente igual a do CDB de Liquidez Diária — bem como o mesmo objetivo. No entanto, sua segurança é extremamente mais alta.

Esse é o investimento mais seguro, baseado em uma alta liquidez, para o curto prazo — levando em conta que segurança é fundamental, uma vez que estamos falando de situações emergenciais.

Médio prazo

Talvez você já tenha percebido que o fator mais importante para você escolher um investimento é o prazo pelo qual você vai manter aquele ativo. Ou seja, por quanto tempo você está disposto a manter aquele dinheiro investido.

E esse prazo vai estar, sem dúvida, ligado ao seu objetivo. Se o seu objetivo é a reserva de emergência, o prazo deve ser curto, por exemplo. Já se você procura um meio de se aposentar com renda passiva, o prazo vai ser longo — o que vamos falar mais adiante.

Mas se o seu objetivo não é nem tão curto e nem tão longo assim, se você precisa desse dinheiro para um período médio de tempo? É sobre isso que vou falar agora. A principal característica para os investimentos de médio prazo é a segurança. Aquele segundo aspecto dela de que falei acima, lembra? A previsibilidade.

Isso para que você saiba (quase) exatamente a quantidade de dinheiro que você vai ter até o prazo que você estabeleceu — 4, 5 ou 6 anos. Sendo assim, a ideia é trocar o CDB de 4 anos ou mais pelo IPCA+ 2026. E por quê?

Para esses dois investimentos a liquidez e a rentabilidade estão dentro do esperado, de acordo com o objetivo que se tem. No entanto, o CDB não vai te oferecer a segurança que você necessita para o seu objetivo de médio prazo. Quem vai poder te dar isso é o Tesouro IPCA+ 2026.

De modo geral, emprestar dinheiro para o Tesouro Nacional é o investimento com menor grau de risco do país. É a classe de investimentos mais segura do país — é o mais próximo do risco zero que você pode chegar.

Em resumo, ele está ligado à inflação e te oferece o rendimento da inflação somado a uma porcentagem fixa. Por isso, o ideal é que você o mantenha até o vencimento, uma vez que não é para ser retirado a curto prazo.

Longo prazo

Antes de mais nada, já vou dizer que o que, de fato, gera impacto nos investimentos é o longo prazo. O curto prazo te dá segurança; o médio pode te oferecer conforto — com esse tipo de investimento você até realiza alguns sonhos, cumpre certos objetivos.

Mas o que vai te garantir tranquilidade financeira, bem como multiplicar o seu patrimônio várias vezes e criar uma boa renda passiva — maior que qualquer aposentadoria de governo, por exemplo, — é somente o longo prazo.

É bastante óbvio se pararmos para pensar, pois sabemos que qualquer coisa relevante na vida leva tempo. Ninguém constrói uma carreira de sucesso em um ou dois anos. Vai levar tempo. E assim é com os investimentos.

No entanto, é importante lembrar que o longo prazo também está ligado a quanto você consegue investir. Os investimentos potencializam o fruto do seu trabalho ao longo do tempo.

Você viu que o prazo curto está ligado ao objetivo emergência; e o médio, à realização de um sonho. Nesse sentido, o longo prazo tem o objetivo da rentabilidade. Ou seja, aumentar o patrimônio e gerar renda passiva.

Lembra que eu falei que aqueles três critérios nunca estariam juntos em um único investimento? Sendo assim, o foco dos investimentos a longo prazo não são a liquidez e a segurança, mas a rentabilidade. Isso não quer dizer que você vai abandonar a segurança, por exemplo. Mas ela não será o seu foco, isto é, você vai correr um pouco mais de risco para crescer em patrimônio.

No que investir a longo prazo?

Para isso — comparando com a CDB, como fiz acima — o melhor investimento para multiplicar patrimônio não é o CDB 7 anos ou +, mas os ativos de renda variável ligados à economia real, como as ações e os FIIs. Sem falar dos investimentos no exterior, que também estão entre as melhores opções de longo prazo.

E te falo isso baseado em estudos de investimentos de mais de 200 anos.

Em resumo, nesses casos você não vai emprestar dinheiro, mas tornar-se sócio de uma empresa — o que acontece com as ações. E, assim, receber parte do seu lucro. A mesma lógica serve para o setor imobiliário, os FIIs — por meio dos quais você pode receber aluguéis todos os meses.

Se você ainda não sabe o que são as ações e como funcionam os FIIs, não deixe de conferir os textos nos quais explico isso.

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Matheus Nogueira

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