Você está começando a investir agora e está querendo saber quais são os melhores investimentos para iniciantes? É exatamente isso que eu vou te mostrar neste post.
Nosso ponto de partida é bem simples: saber usar cada investimento para sua principal função. Se em outras situações da vida a afobação é prejudicial, aqui não seria diferente. É pouco efetivo querer prontamente investir em ações ou FIIs sem antes compreender sua finalidade, ou seja, para que ele é mais eficiente.
Cada investimento possui uma função específica, funcionando melhor dentro de uma carteira. A carteira, por sua vez, é o conjunto que vai te levar rumo à estabilidade financeira junto com o seu trabalho.
Investimentos para iniciantes: o que preciso saber antes de começar?
Antes de pensar em FIIs ou ações, isso precisa estar claro para você: a função de um ativo de renda variável – que é o que muitas vezes você está procurando quando quer aprender como investir – é gerar patrimônio ao longo do tempo, focando no longo prazo. É nisso que a renda variável funciona extremamente bem e é para isso que ela serve.
Investir em ativos ligados à economia real, como ativos e imóveis, já se provou ao longo do tempo que é a melhor forma de multiplicar patrimônio no longo prazo. Porém, você não pode começar já pensando em longo prazo e esquecer do resto. É preciso dar um passo para trás e aí entra nosso primeiro investimento: o Tesouro Selic.
O primeiro investimento para iniciantes
É bem provável que você já tenha ouvido falar do Tesouro Selic, mas por que ele é um investimento para iniciantes tão importante?
Segurança e liquidez
Por se tratar de um título do Governo, é um dos investimentos mais seguros do país. Parte considerável da nossa carteira precisa ter segurança. Enquanto a ação pode oscilar em curto prazo – por isso mesmo é investimento de longo prazo –, o Tesouro Selic é imune a ruídos de instabilidade política, por exemplo.
Outro fator importante do Tesouro Selic é a liquidez, ou seja, a facilidade com que um ativo pode ser convertido em dinheiro novamente. Você pode estar pensando que ações e FIIs também podem ser vendidos facilmente. E isso é verdade. Porém, a ação pode estar em um momento de baixa na Bolsa e vendê-la agora pode te fazer, na prática, perder dinheiro. Por isso aqui liquidez e segurança caminham lado a lado.
Reserva de emergência
Com segurança e liquidez, o Tesouro Selic é ideal para montarmos nossa reserva de emergência.
Quer saber mais sobre reserva de emergência? Eu conto para você aqui: Reserva de Emergência: o que é, onde investir e como calculá-la
Investimentos para iniciantes: chegou a hora das ações?
Calma, ainda não chegou a hora das ações. Entre os melhores investimentos para iniciantes, chegou a hora de falar de um segundo tesouro: Tesouro IPCA+. E qual é a sua diferença para o Selic? Na verdade são duas diferenças: menor liquidez e maior rentabilidade.
Menor liquidez, maior rentabilidade
O Tesouro Selic é altamente indicado por ter uma liquidez diária. Não é prejudicial investir hoje e tirar no próximo mês. Ao contrário, o Tesouro IPCA+ é um investimento de médio prazo. Há, por exemplo, o IPCA+ 2026. Só vou investir nele hoje, em 2021, planejando retirar em 2026.
O IPCA+ tende a ter uma rentabilidade maior do que o Selic por render a inflação mais uma porcentagem. Ou seja, rende o IPCA (um índice atrelado a inflação) somado a uma porcentagem fixada. Por exemplo, o IPCA+ 2%, ao ano, renderá a inflação mais 2%. Se a inflação no ano for 10%, seu dinheiro nesse título irá render 12%.
Investimentos para iniciantes em médio prazo
Por que não ações? Porque é um investimento que você pretende retirar em médio prazo. Mais uma vez, no caso de uma ação, existe a possibilidade de ocorrer uma variação negativa quando quiser retirar o dinheiro investido. Você pode perder dinheiro.
Renda fixa para longo prazo
Outra função importantíssima do IPCA+ é ser a parte de renda fixa da sua carteira para longo prazo. Você pode estar se perguntando se para longo prazo o investimento não seria em ações. Longo prazo é focado em ações, FIIs e investimentos no exterior para multiplicar seu patrimônio. É necessário, porém, dedicar parte da carteira para reduzir sua volatilidade.
Se você tem 100% da sua carteira em ações e FIIs (renda variável), quando ocorrer uma queda abrupta, seu patrimônio vai desabar. Mas, se sua carteira é dividida entre renda variável e renda fixa, a queda será mais amena e o seu emocional será menos abalado e as chances de você querer suas ações na primeira queda forte serão menores. Para isso, temos os títulos com vencimentos mais longos, de 15, 20 anos.
Fundos de Investimento Imobiliários
Na minha opinião, são a melhor opção para você começar com renda variável. Lembra da volatilidade? Eu indico começar com os FIIs justamente por tenderem a apresentar menor volatilidade que as ações ao longo do tempo.
Outro fator é que o risco tende a ser menor que as ações. Isso graças a legislação que prevê que 95% dos rendimentos devem ser distribuídos entre os cotistas. Se você é cotista, sua renda passiva é garantida. Ações são suscetíveis à má alocação de capital. O lucro de uma empresa pode ser alocado em investimentos duvidosos e contrair dívidas, afetando o pagamento de proventos.
Por fim, FIIs te garantem maior previsibilidade. Aluguéis de um FII com dez imóveis são mais previsíveis do que o rendimento de uma empresa.
Que tal se aprofundar mais nesse ativo? Fundos imobiliários: o que são e como investir neles?
Conclusão
Agora sim você tem o caminho das pedras para os três primeiros investimentos para iniciantes.
Com o Tesouro Selic, você garante segurança e liquidez. E, claro, sua reserva de emergência deve ser feita nele. O Tesouro IPCA+, seu melhor amigo no médio prazo, te garantirá renda fixa no longo prazo e reduzirá a volatilidade de sua carteira.
E não se esqueça: o melhor caminho para começar com renda variável é pelos FIIs.
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