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Educação financeira: como ter uma relação sadia com o dinheiro?

calculadora e saco de dinheiro para simbolizar a educação financeira

Aprenda mais sobre educação financeira, tenha uma relação sadia com o dinheiro e faça com que ele trabalhe para você.

Fala, meu caro! O que vem a sua mente quando você ouve falar em “educação financeira”? Você se considera uma pessoa que tem uma boa relação com o dinheiro?

Neste texto, você vai ver como o homem costuma se relacionar com esse instrumento de compra e qual o primeiro passo para educar-se financeiramente.

Além disso, vou falar sobre a importância de ter uma reserva financeira e como criá-la. Por fim, você sairá desta leitura sabendo como fazer os juros trabalharem para você, a fim de que seu patrimônio cresça ao longo do tempo. Vem comigo!

A nossa relação com o dinheiro

A relação do homem com o dinheiro é muito antiga. Mesmo quando ela não se dava por meio de um papel, ou de um “pedaço de metal” — a nossa moeda —, tal relação já existia. Basta se lembrar de situações como as trocas voluntárias (de materiais, de comida etc.) e o uso do sal como forma de pagamento, por exemplo.

O dinheiro é não só útil como também necessário para o ser humano. Ainda que indiretamente, você precisa dele para obter as coisas mais básicas. No entanto, o relacionamento do homem com o dinheiro pode ser bom ou ruim. Quantas pessoas você conhece que já tiveram prejuízos simplesmente por não saber lidar com a riqueza? Afinal, investir em uma educação financeira não é comum na cultura do nossa país.

Inclusive, a chance de se ter uma má relação com esse instrumento, que é o dinheiro, é grande. Não é difícil tornar-se o seu servo, por isso é preciso ter cuidado. O dinheiro na condição de “senhor” deixa de ser um meio — de sobrevivência, de poder ou de status — e pode te fazer entrar em um poço sem fundo. Sim, estou falando das dívidas.

Eu sei, não é um assunto muito agradável, mas fique por aqui. A minha intenção, até o fim deste texto, é te ensinar a fazer o dinheiro trabalhar para você — e não o contrário.

O primeiro passo para uma educação financeira

o primeiro passo para uma educação financeira é quitar dívidas

Um dos grandes problemas das dívidas são os juros. E, em primeiro lugar, os juros compostos, aquele que incide sobre o rotativo do cartão de crédito, por exemplo. Isso, com certeza, pode afetar muito o seu bolso.

Os juros compostos, diferente dos juros simples — que recaem sobre o valor inicial — incidem sobre o valor já acumulado, ou seja, o montante mais recente. É uma dívida que vai sendo sempre reajustada, pode começar pequena, mas, aos poucos, se torna uma bola de neve. Nesse caso, o dinheiro trabalha contra você.

Dessa forma, o primeiro passo para uma educação financeira é não fazer dívidas, isto é, não deixar que o dinheiro se vire contra você. Em outras palavras, não permitir que esse juros sobre juros recaia sobre o seu bolso.

Esse é um assunto muito sério. Talvez você ganhe bem e mantenha um padrão alto de vida, no entanto se por algum motivo você deixa de receber essa quantia, ou precisa abrir mão de um valor alto por alguma emergência e não honra com as suas dívidas, acontece o que está descrito acima: você adquire uma dívida infinita, por causa dos juros compostos.

Também por isso, é importante ter uma reserva de emergência. Sem dúvida é um dos principais pontos de quem teve uma boa educação financeira.

O papel da reserva de emergência na educação financeira

Eu sei que você quer investir — em ações, em FIIs etc. — e construir um patrimônio a longo prazo. Isso é ótimo! Mas, antes de tudo, você precisa não só quitar as suas dívidas, mas também criar uma reserva de emergência.

A reserva de emergência é basicamente um dinheiro líquido que você precisa ter na sua conta para “te salvar” de algumas situações que podem acontecer ao longo de sua vida. Desde um imprevisto até algo mais grave, como uma doença.

reserva de emergência é fundamental para uma boa educação financeira

Não dá para fugir, é fundamental ter um dinheiro guardado para momentos de eventuais necessidades. E o investimento ideal montar a sua reserva de emergência é a renda fixa. Ela te permite saber quanto você vai receber e te garante resgate imediato, a fim de que você possa recorrer isso nos momentos que precisar.

Já falei aqui no blog sobre como calcular a sua reserva e como escolher a melhor renda fixa para esse fim. Confira aqui.

Renda variável: deixe que os juros compostos trabalhem a seu favor

Lembra dos juros compostos que falei acima? Aqueles que pesariam no seu bolso? Mas se você fizer com que eles trabalhem para você, o efeito será contrário. Se quanto maior a dívida e mais tempo você fica devendo, mais ela aumenta, imagine virar esse juros a seu favor?

Ok, Mateus, mas como fazer isso? Agora, depois de falar sobre quitar as dívidas e criar uma reserva de emergência, você começa a investir a longo prazo. Dessa forma, os juros vão trabalhar a seu favor — foi assim que, por exemplo, Warren Buffett tornou-se um dos homens mais ricos do mundo.

Para começar com renda variável, a melhor opção são os Fundos de Investimentos Imobiliário (FII). Por meio deles você pode receber o aluguel dos melhores imóveis do país, mesmo sem ter um.

Já investindo em ações, você se torna sócio de grandes empresas e quanto mais elas crescem, maior é a sua renda. Você passa a receber parte dos lucros da companhia na qual você investiu.

Esses são investimentos de renda variável, uma vez que estão ligados a ativos da economia real — logo, não são fixos. Ainda que apresentem pouca variação, podem sofrer quedas e altas, por isso é importante conhecer a empresa na qual você vai investir o seu dinheiro.

Saiba como ganhar dinheiro com ações.

Uma outra opção de fazer os juros trabalharem para você são as ações do exterior. Quando falamos em investimentos no exterior o foco é o dólar: uma moeda com alto poder de compra e segura em tempos de instabilidade.

Dessa forma, você diversifica a sua carteira e ganha mesmo quando o real sofre uma queda. Descubra aqui a melhor forma de começar a investir no exterior.

Conclusão

E assim, com o juros compostos a seu favor, se você reinvestir o que ele te rendeu, o montante sobre o qual esses juros agem sempre será maior — uma vez que atua sobre o valor acumulado. Imagine, ao longo do tempo, quanto é possível ganhar com isso.

O grande segredo é livrar-se de pagar juros compostos — em dívidas — e começar a fazê-los trabalhar para você, a fim de te gerar um grande retorno financeiro a longo prazo.

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Matheus Nogueira

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