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ETFs: a melhor forma de começar a investir no exterior

ETF investir no exterior

Você sabe o que são ETFs? Sabia que são o melhor investimento para começar a investir no exterior? Saiba o que são, como investir e quais são os melhores ETFs da

Fala meu caro! Seguimos com a nossa série de posts sobre investir no exterior. Eu já te contei Por que e Como investir no exterior. Se você ainda não conferiu esses dois posts, é melhor dar uma olhada neles antes de seguir por aqui, ok?



– Por quê: 3 vantagens de investir no exterior

– Como: Corretoras para investir no exterior: como escolher a melhor?



Mas agora eu vou contar – já comecei dando spoiler, né? – qual é o investimento ideal para quem está começando a investir no exterior e como escolher os melhores ativos!



ETFs, Stocks e REITs: que ativos são esses?



Antes de mais nada, antes mesmo de falar de ETFs, é preciso falar um pouco de outros dois ativos essenciais para quem quer investir no exterior. São eles: Stocks e REITs.



Stocks



Quando você compra uma ação da Apple, do Google ou de qualquer outra empresa na bolsa americana, na verdade, você está comprando Stocks. Ou seja, stocks nos Estados Unidos correspondem às nossas ações no Brasil.



Assim, ao comprar Stocks, você compra parte de uma empresa e obtém ganho no seu crescimento e nos seus lucros.



REITs



Se Stocks correspondem às ações, você já deve imaginar a qual classe de ativos os REITs correspondem, mas já te adianto: sim, são como os FIIs americanos. Há uma diferença pequena quanto à estrutura contábil, mas não vale a pena entrar no seu mérito.



REITs e F

ETFs REITs imóveis
REITs, como os FIIs, investem em imóveis. (Imagem: Rawpixel)

vos que nos dão resultado de maneira segura, que nos poupe tempo e de forma autônoma, pois quanto menos intermediários, melhor.



Eu não trabalho com achismos, mas com referências bibliográficas sólidas, seja da minha especialização em Harvard, seja de livros ou estudos por conta, dados históricos e experiência pessoal. Dito isso, sabe-se que os investimentos que mais dão retorno são empresas e imóveis.



Mais uma vez, não é achismo, mas algo já consolidado na literatura da área. Veja, por exemplo, o famoso estudo do Jeremy Siegel, Stocks for the Long Run que prova de maneira cabal isso.



Assim, fica fácil definir em quais classes de ativos estaremos investindo no exterior: empresas e imóveis, ou ainda, Stocks e REITs.



Mas, Matheus, onde entram os ETFs? Não eram eles os melhores ativos para quem está começando?



ETFs: Exchange-Traded Funds



Calma, a partir de agora você vai entender por que ETFs são a melhor opção para você que planeja investir no exterior.



Em síntese, ETFs são negociados na bolsa como uma ação – assim como você compra pela Avenue uma ação da Johnson & Johnson, também compra um ETF específico na mesma corretora.



É um fundo de gestão passiva. Como fundo, investe em muitas coisas, como um pacote ou uma cesta, que contém vários Stocks e REITs. E é aqui que está o pulo do gato. Ainda não tem muita experiência para selecionar bons Stocks e REITs? Os ETFs surgem como uma opção, pois selecionam bons ativos.



ETFs Wall Street

Stocks, REITs e ETFs são os melhores ativos do exterior. (Imagem: Rawpixel)



ETFs, fundos e autonomia



Você já deve ter me visto repugnar fundos de investimento, por te fazerem perder a autonomia, um dos pilares da premissa RSTA. É aqui que preciso explicar a diferença entre um fundo de gestão passiva, como um ETF, e um fundo de gestão ativa, como previdência privada e fundos multimercado.



Na gestão ativa, há um gestor intervindo diretamente na escolha dos ativos, sem muito critério. Além disso, cobram altas taxas de administração (~2%) e performance (~20%). Ou seja, parte relevante do rendimento fica com o próprio gestor. Investir em fundos de gestão ativa é um dos erros de quem está começando a investir.



Ao contrário, em fundos de gestão passiva, há critérios bem definidos que independem do gestor. Há ETFs, por exemplo, que investem nas 500 empresas com melhor desempenho na bolsa americana. Se a empresa X cai para 501 e a empresa Y sobe para 500, sem a intervenção do gestor, o fundo deixa de investir em X para investir em Y.



Quanto às taxas, você vai ver quão baixas são, quase que irrelevantes. Temos então um caso de trade-off, onde optamos por perder de um lado, nas taxas, para ganhar de outro lado, na diversificação e no rendimento. Perdemos para ganhar.



Como selecionar os melhores ETFs



Por fim, vou te ensinar a selecionar os melhores EFTs da bolsa americana. Primeiro, vamos ver alguns critérios a se observar. Em seguida, vamos aplicar esses critérios e selecionar esses EFTs. Sim, eu vou te pegar pela mão e mostrar exatamente como se deve fazer.



Critérios



Há três critérios que você deve considerar ao escolher ETFs:



Classe de ativos: lembre-se, nós queremos Stocks e REITs. Então, para Stocks, vamos selecionar EFTs do tipo US Large Caps que compreende as grandes empresas dos Estados Unidos; já para REITs, US Real State.

Escala: quanto mais boas ações ou mais REITs, melhor. Assim, vamos observar para cada ETF o seu AUM, Assets Under Management ou ativos sob gestão. Ou seja, quanto maior AUM, mais ativos sob gestão e mais seguro é o investimento.

Taxa: quanto menor a taxa, melhor é o ETF.



A ideia aqui é, então, buscar ETFs que atendam esses critérios.



Selecionando ETFs na prática



Como eu não faço serviço pela metade, vou utilizar os critérios para selecionar com você os melhores ETFs. Mas atenção, isso não é uma recomendação de investimento, e sim uma aplicação da metodologia.



O site que vamos usar para selecionar é o ETF.COM. Vou selecionar contigo um Large Caps e um Real State usando os nossos critérios.



Large Caps



Ao acessar o site, o primeiro passo deve ser, no menu Tools & Data, selecionar Screener & Database.



ETFs Screener Database



Um vez selecionado Screener & Database, há uma relação com todos os ETFs – mais de dois mil. É hora de filtrar esses resultados. O primeiro filtro a se selecionar é o Asset Class, vamos escolher “Equity”, que compreende empresas e imóveis. Um segundo filtro é o Segment, onde vamos selecionar “U.S. – Large Cap”. Repare na imagem a seguir que a quantidade de ETFs reduziu para pouco mais de 300. Ou seja, uma redução próxima a 70%.



ETF Equity US Large Cap



Agora os outros dois critérios. Pela escala – ou AUM –, os três primeiros ativos são excelentes. Qualquer um deles atenderia esse critério. Seguimos então para o critério seguinte, taxas, apresentadas no site na coluna Expense Ratio.



Entre os três, aquele que apresenta taxa mais alta é o SPY, mas, mesmo assim, é uma taxa baixíssima, de 0,09 % ao ano. Aqui se vê quão irrelevantes são as taxas, diferentes daquelas próprias dos fundos de gestão ativa.



No entanto, para aplicar a metodologia, descartamos o SPY, e ficamos com o VOO e o IVV. Qualquer um deles pode ser escolhido sem perda de desempenho. O AUM de ambos é altíssimo e a taxa é a mesma, 0,03 %. Ou seja, tanto faz um ou o outro, ambos atendem aos nossos critérios.



Só para ter uma noção, essas são algumas das ações que fazem parte do VOO (é possível consultar no mesmo site): Apple, Microsoft, Amazon, Tesla, Meta (Facebook e Instagram), NVIDIA, Berkshire, Johnson & Johnson e Alphabet (Google). Em apenas um ETF, você investe em todas essas empresas – e por uma taxa irrisória.



Real State



Para um ETF de REITs, o caminho é semelhante. A mudança se dá no filtro utilizado, pois, ao invés de usar U.S. Large Cap, usamos U.S. Real State, resumindo os ETFs em 14:



ETF Equity US Real State



Ao aplicar os critérios, selecionamos os três de maior AUM. Quanto à taxa, o XLRE é melhor (0,10 %), porém o AUM do VNQ é bem superior, enquanto a taxa é semelhante, 0,12 %.



Conclusão



Agora você não tem mais desculpas para não começar a investir no exterior. ETFs são o melhor caminho para dar o primeiro passo.



Ou ainda, é a base da sua carteira no exterior. Sim, há um intermediário, porém, seu custo insignificante perto do benefício do acesso às maiores empresas e aos maiores imóveis, com apenas dois investimentos.


Mas claro, esse é o feijão com arroz, é o básico. É o primeiro passo. Se você quiser saber mais sobre investir no exterior e investimentos em geral, faça parte do nosso Grupo de Verdade. Toda semana tem conteúdo novo por lá!

 

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Matheus Nogueira

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