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Tag Along: uma proteção para o investidor — Artigos

Boneco verde com símbolo de check de segurança para representar o tag along

Conheça o Tag Along, um mecanismo de proteção do investidor que deve ser avaliado na hora de escolher uma ação.

Fala, meu caro! Estamos falando sobre fundamentos aos quais você precisa se atentar na hora de escolher as suas ações e montar a sua carteira, a fim de que você possa investir de verdade.

Conhecer a empresa e o seu lucro é fundamental para escolher as melhores ações! Mas também é importante saber como estar protegido caso a companhia da qual você é sócio seja vendida ou passe por alguma mudança de controle. Já pensou nessa questão?

Por isso, hoje você vai entender sobre o tag along. O que ele é e como funciona. Além disso, vai saber como escolher ações com base nele. Vamos lá!

O que é tag along nas ações?

Antes de mais nada, o Tag Along é um mecanismo de proteção para o investidor. Nesse sentido, ele é concedido aos acionistas ordinários minoritários, quando há eventuais mudanças no controle da sociedade.

Se a empresa for vendida, por exemplo, o tag along representa a porcentagem que você tem o direito de receber, de acordo com o valor da ação. Sendo assim,  se você tem uma ação com tag along de 100%, receberá 100% do valor da sua ação. Logo, tem proteção total.

No entanto, se a sua ação possui tag along de 80%, a empresa pode te pagar somente os 80% do valor da ação, em caso de venda ou troca de controlador da companhia. Já existe um certo risco, uma vez que você não recebe mais o valor total.

O tag along protege, portanto, o acionista minoritário, no caso de mudanças no controle da empresa. O mecanismo garante que o pequeno investidor venda suas ações pelo mesmo valor que os acionistas maiores, ou por pelo menos 80% desse valor.

Como funciona na prática?

Você entendeu que o tag along é uma proteção para o investidor minoritário. Mas como isso funciona? Na prática ele é um mecanismo que se aplica em casos de venda da empresa ou troca de controlador.

Você investe a longo prazo, por isso procura conhecer bem a empresa e seus fundamentos, a fim de escolher as melhores ações para compor a sua carteira. Certo?

Então, imagine que você conhece bem certa companhia, da qual você é sócio, e concorda com a sua forma de agir. Mas, de repente, acontece uma grande mudança na organização e as novas diretrizes não estão mais de acordo com os seus planos de investimento. Nesse momento entra o tag along.

Ele é esse “direito de saída conjunta”. Ou seja, se você também quiser deixar de ser acionista de tal empresa, da mesma forma que os acionistas majoritários, esse mecanismo vai garantir que o novo controlador compre as suas ações. Mas não só isso: que ele compre essas ações  a um valor que corresponde a pelo menos 80% do valor oferecido pelas ações dos acionistas maiores.

Assim, se a empresa vender seu controle por R$ 10 a ação, o acionista com uma tag along de 100% pode vender suas ações pelos mesmos R$ 10. Enquanto uma tag along de 80% garantiria ao acionista vender seus ativos por pelo menos R$ 8, nesse caso.

Lembrando que isso acontece quando o comprador interessado na empresa realiza uma Oferta Pública de Aquisições (OPA), diferente da Oferta Pública Inicial (IPO).

Dessa maneira, o investidor não é totalmente prejudicado com as oscilações que acontecem no mercado financeiro, quando há mudanças de controle na companhia.

O tag along é uma garantia

TAG ALONG É UMA SEGURANÇA PARA O INVESTIDOR

Vender ou não as ações — em caso de mudanças no controle da empresa — fica a critério do acionista. No entanto, caso ele decida fazer isso, tem a garantia de poder vender as suas ações por ao menos 80% do valor negociado pelos acionistas maiores. É assim que tal mecanismo de proteção funciona na prática.

Também vale lembrar que a sua referência de 80% ou 100% é o valor pelo qual o novo controlador pagou pelas ações.

Como escolher ações com base no tag along?

Antes de tudo, as classificações de tag along são

  • 0 a 80%
  • 80%
  • 100%

O primeiro é o menos comum. Em geral, as empresas oferecem pelo menos 80% dessa proteção. Ações ordinárias (ON), por exemplo, — aquelas que conferem direito a voto e participação nas decisões da companhia, embora sócios minoritários não precisem participar — têm obrigatoriamente, no mínimo, 80% de tag along.

Sendo assim, quando você compra uma ação ordinária, já garante ao menos essa porcentagem mínima. Como é o mínimo das ações ordinárias, esse é um número comum. Por isso, algumas empresas optam por adotar os 80%. Então, as classificações mais comuns dentro da bolsa são as duas últimas — 80% ou 100%.

De acordo com o que ensino aos meus alunos — na Metodologia de Verdade —, o nosso critério é o seguinte: nós vamos mirar nas empresas com 100% de tag along. Assim, se a empresa for vendida, ou trocar de controlador, você vai receber o valor total da ação, sem problema nenhum, com extrema segurança.

Mas podemos ainda tolerar empresas que têm 80% de proteção — se os outros critérios forem bons. No entanto, precisamos eliminar as companhias que tenham de 0 a 80%. Sem dúvida, não é seguro.

A Lei garante o tag along apenas para as Ações Ordinárias (ON) — 80% ou 100%. Dessa maneira, os outros tipos de ações não contam com essa garantia, embora existam algumas empresas que estendem tal direito para as demais ações — como as preferenciais, por exemplo.

Se você quer saber mais sobre investimentos, fique por aqui. No próximo texto, você vai entender quais são os tipos de ações. Além disso, como eles influenciam na hora de montar a sua carteira.

Quer entender melhor como funcionam as ações? Faça parte do nosso Grupo de Verdade e tenha acesso a conteúdos exclusivos para aprender a investir de verdade.

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Matheus Nogueira

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